Lucas Simão, ex-Banco Neon e Founder na Sociax

Nos conte sobre Sociax

A Sociax é uma startup que estou desenvolvendo há 2 anos que ajuda as empresas a crescer com Growth Hacking. Notei que a maior parte das empresas não tinha acesso às diferentes metodologias de Growth. Principalmente pequenos e médios anunciantes, eles têm apresentado uma carência em saber analisar o que é certo para tomar uma decisão. Com isso, criamos uma plataforma integrada às principais mídias que gera relatórios automatizados com as principais métricas para campanhas de Growth. A empresa então possui o serviço de consultoria e a plataforma de análise.

Como você entrou no mundo dos Apps

Com Marketing Digital comecei a trabalhar em 2013, e especificamente no mercado de Growth para Apps, no final de 2015, onde trabalhei em uma empresa em que 80% dos clientes eram aplicativos. Desde então comecei a ter muito contato com as principais MMPs do mercado, aprofundando meu conhecimento em atribuição e métricas como CAC, Churn, entre outras.

O que você mais gosta do Mobile Marketing?

Primeiramente, o que mais eu mais gosto no mundo de Mobile, é a diversidade de Apps existentes. Especificamente do Mobile Marketing, acho muito interessante acompanhar um mercado que vem se tornando uma tendência e pode moldar o comportamento do usuário. 

O que é preciso para ter sucesso nessa indústria?

Acredito que a proatividade, estar buscando constantemente fazer as coisas acontecerem, e não apenas esperar. Proatividade para se solucionar e encontrar problemas. Nesse mercado é muito importante ter isso, entender cada vez mais números e valorizar a empatia... Querer entender o seu cliente. Algo que pode ajudar muito no desenvolvimento é encontrar mentores que te ajudem a alavancar cada vez mais seu conhecimento e a carreira.

O que você considera um usuário de qualidade?

Usuário de qualidade não é só aquele que vai comprar o produto, ou comprar o produto mais vezes. E sim aquele que entende a necessidade que está sendo atendida, reconhece isso e compartilha.

Um fato aconteceu comigo recentemente, eu estava viajando a trabalho e precisava alugar um carro. Sabendo que as locadoras convencionais são bem mais caras, fui atrás de um App que alugasse por hora. Usei o app tranquilamente, saiu infinitamente mais barato e sai recomendando para o pessoal. 

Quais estratégias funcionam melhor para converter as instalações em usuários de valor?

De maneira geral, é importante otimizar de acordo ao evento principal, ou seja, o de conversão. A comunicação precisa ter empatia, pois do outro lado do anúncio, existe um ser humano, e isso precisa ser muito claro para o profissional de marketing. Grande parte do sucesso de uma empresa está na forma que ela se comunica, então otimizar o que está dentro do criativo é primordial. A ideia é mostrar o mundo de acordo a realidade do público-alvo, e não de quem está construindo o anúncio. 

Como a pandemia impactou no seu trabalho?

2 das perguntas mais feitas esse ano foram “Tá me ouvindo aí?” ou “Tá vendo minha tela?”, então sim teve um impacto na forma de trabalhar.

No meu caso específico, o modelo de trabalho Home Office me ajudou muito...Me permitiu trabalhar mais e ser mais produtivo, encontrando mais oportunidades de negócio. E uma coisa que notei, é que a empresa precisa ter uma cultura muito forte para o trabalho a distância dar certo. 

Quais mudanças você viu na vertical de fintech em 2020?

Vejo que na época da pandemia, o que mais mudou nessa vertical foi as pessoas entenderem que recursos básicos não precisam ser pagos, e que o dinheiro é digital. O dinheiro sendo digital, aponta cada vez mais para a indústria de aplicativos.

As pessoas durante a pandemia demandaram muito mais das soluções digitais, principalmente de bancos, o que deixou claro a importância das Fintechs. 

Como você faz para se manter atualizado com as principais novidades da indústria?

Participo de grupos com colegas de trabalho da indústria de Growth, para compartilhar boas práticas e ficar sabendo cada vez mais das novidades. Também acompanho bastante canais de conteúdo específicos sobre negócios, tecnologia, inovação e marketing e estou sempre atento aos estudos de mercado das empresas líderes no segmento. 

O que você vê como a próxima tendência da indústria de mobile ads?

Para mim é cada vez mais o marketing de mobile estar centralizado nos grandes canais, e que os players olhem para o criativo como uma maneira de se defender disso.

Nos rendermos a mudança das grandes ferramentas nos faz assinar um atestado de que queremos ser nivelados pela média. E minha cabeça como Growth é fugir completamente da média.

É importante estar atento aos outliers negativos e positivos... Então as empresas precisam estar atentas muito a otimização de criativos e não somente a otimização de campanha, já que nos tornamos dependentes da maneira que essas empresas trabalham, mas o ponto é que elas ainda não têm controle de como gerimos os criativos. 

Além de Google e Facebook, que plataforma você vê que pode crescer muito no mercado Latino-Americano?

Ter parcerias é fundamental. Google e Facebook são excelentes plataformas, mas não dá para depender somente delas. Cada parceiro tem uma particularidade, uma maneira diferente de falar com cada audiência, que é importante valorizar. Apoio muito explorar novos parceiros.

Um canal que para mim já é uma tendência é rede de influenciadores. Ela já vem sendo muito usada e tem um potencial enorme.