Neste artigo, exploramos as estratégias de aquisição de usuários (UA) no contexto do constante crescimento das Fintechs no Brasil.
As categorias de aplicativos mais populares no Brasil incluem Fintech, Entretenimento, E-commerce e Alimentos e Bebidas. Em 2023, essas categorias registraram um total de 429,3 milhões de dólares, 830 milhões, 60,8 milhões e 23,4 milhões de downloads, respectivamente. Em termos de receita, os aplicativos de Entretenimento lideram com 606 milhões de dólares, seguidos de perto pelo Comércio Eletrônico com 590 milhões, Fintech com 24,1 milhões e Alimentos e Bebidas com 29 milhões.
Tal pergunta não possui uma resposta fixa, já que há algumas ópticas possíveis para analisar tal questão.
O Banco Central, por exemplo, considera o Nubank como Fintech que detém o maior número de clientes (49 milhões), seguido pela PicPay e Mercado Pago.
Entretanto, de acordo com números informados pelas próprias empresas, o Picpay seria a maior Fintech do Brasil, com 60 milhões de usuários, seguida pelo Nubank (48 milhões) e Mercado Pago (20 milhões).
Quanto aos usuários ativos, o Nubank lidera o ranking com mais de 38 milhões, seguido pela AME Digital (16 milhões) e Pan (15 milhões).
Você sabia que maior banco digital do continente nasceu no Brasil? O Nubank, avaliado em US$ 48.000 milhões e com ações na Bolsa de Nova York, estimou 75 milhões de clientes no Brasil no primeiro trimestre, 4,4 milhões a mais do que no trimestre anterior. O Picpay, outra carteira digital do país, também relatou um bom desempenho no início desse ano que parece ser promissor: o Banco Inter, de menor porte, por exemplo, acrescentou 1,4 milhões de novos clientes no último trimestre.
A Pismo, empresa criada em 2016, é o mais recente caso de sucesso de uma empresa brasileira de tecnologia financeira, o setor que mais capta capital de risco no país e na América Latina. Ela foi adquirida pela Visa em junho passado, em uma das maiores operações da história do mercado de tecnologia local.
Em 2018, o Banco Central do Brasil concedeu a liberação para que as Fintechs pudessem oferecer créditos sem a necessidade de intermediação dos bancos. Além disso, implementou regulamentações para garantir a cibersegurança e as atividades de crowdfunding.
De acordo com a ABFintechs, estima-se que as Fintechs no Brasil possam gerar receitas de até US$24 bilhões nos próximos dez anos.
Atualmente, o setor financeiro é responsável por quase 50% dos investimentos na aquisição de usuários no Brasil. As fintechs investiram quase três vezes mais do que qualquer outra vertical de negócios no país, com cerca de US$911 milhões investidos na aquisição de usuários.
Os custos do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) nas finanças são três vezes mais altos que a média do mercado no Brasil, o que torna o mercado de aplicativos financeiros a vertical mais competitiva do país.
A estratégia de Aquisição de Usuários (UA) em Fintechs envolve vários elementos-chave descritos a seguir:
Uma das formas mais eficazes de atrair novos usuários, incluindo publicidade online, marketing de conteúdo e o uso de redes sociais. As Fintechs brasileiras adotaram essas estratégias para alcançar um público mais amplo.
“Aqui a lógica deve ser a mesma do mix de marketing da marca: vale combinar CTAs de instalação de aplicativo com os de abertura de conta e solicitações de cartão de crédito, por exemplo. E também se valer de modelos de custo distintos, cobrindo todo o funil para uma estratégia mais consistente que leve o usuário até a compra”, afirma Bruno Ferreira, Head de vendas na Rocket Lab.
Trata-se da ocasião em que as Fintechs oferecem incentivos aos usuários para que indiquem amigos e familiares. Isso não apenas aumenta a base de usuários, mas também promove a confiança na plataforma.
Isso pode aumentar a exposição da marca e atrair novos usuários interessados na combinação de serviços.
“Ou seja, apostar em parceiros de mídia que garantam uma estratégia inteligente e alcance a fontes de tráfego complementares de qualidade, é fundamental para impulsionar as instalações e o engajamento no app. Com um banco digital brasileiro, cliente da Rocket Lab, por exemplo, chegamos a um aumento de 83% no número de instalações do primeiro para o segundo semestre de campanha”, afirma Bruno Ferreira, Head de vendas na Rocket Lab.
Como tendências, a indústria financeira brasileira tende a aderir cada vez mais o movimento de “fintechzação”, um conceito que, segundo a Distrito, trata-se do movimento no qual as empresas que não fazem parte do setor financeiro passam a oferecer produtos e serviços dessa natureza. Ou seja, empresas mantêm seu core business, mas incluem em seu portfólio outros serviços ou produtos relacionados ao mercado financeiro, incorporando-os à sua oferta.
É por meio desse movimento que as empresas centralizam a execução de serviços em um só lugar, reduzindo as despesas, fidelizando antigos e captando novos clientes.
"Como as tendências indicam, a indústria financeira brasileira está cada vez mais aderindo à 'fintechzação', um movimento onde empresas não financeiras passam a oferecer produtos e serviços desse setor. A inovação através da tecnologia é fundamental, mas é essencial que cada empresa entenda como incorporá-la estrategicamente para potencializar seu negócio. A colaboração com parceiros estratégicos pode acelerar o crescimento dessas plataformas, expandindo sua base de usuários e destacando-se entre os concorrentes." afirma Bruno Ferreira, Head de vendas na Rocket Lab.
A inovação por meio da tecnologia, de fato, é um processo natural e importante para qualquer setor, mas vai da estratégia de cada empresa entender a melhor forma de incorporá-la para potencializar seu negócio. Muitas empresas que passaram pelo processo de fintechização, por exemplo, utilizaram da oportunidade existente para facilitar, personalizar e tornar mais acessíveis seus serviços para uma maior gama de clientes.