Na indústria de aplicativos móveis, as mulheres continuam sub-representadas. Apesar de constituir aproximadamente metade da força de trabalho global, ocupam apenas cerca de 20% dos cargos técnicos na indústria de tecnologia.

Quantas são? Os números revelam quantas mulheres trabalham em tecnologia

Até 2020, apenas 5% dos currículos recebidos eram de mulheres; em 2022, esse percentual atingiu 45%.

Apenas 1 em cada 5 pessoas que trabalham na indústria tecnológica hoje é mulher, de acordo com Women In Tech. Além disso, as mulheres compõem a maior parte da força de trabalho na indústria de marketing e, nos níveis de liderança sênior, a representação feminina está atualmente em seu ponto mais alto.

Empresas de tecnologia com mais mulheres em cargos de liderança têm 15% mais chances de obter melhores resultados e alcançar benefícios financeiros de destaque, como altos índices de retorno sobre investimento (ROI). Além disso, equipes executivas mais diversas aumentam em 33% as chances de alcançar uma rentabilidade superior, de acordo com dados da McKinsey de 2022.

Segundo a organização Women in Tech Network, levará cerca de 133 anos para fechar a lacuna de gênero em termos econômicos, ou seja, até o ano de 2154, se o ritmo atual de redução da disparidade de gênero for mantido. Esta estimativa é semelhante à apresentada pelo Fórum Econômico Mundial, que prevê que serão necessários 151 anos para alcançar a igualdade de gênero no local de trabalho.

Diante desse cenário, mudar a mentalidade das empresas de tecnologia em relação à contratação e reserva de talentos será crucial para impulsionar a representação feminina, afirma Tarika Barrett, CEO da Girls Who Code.

Acabar com a lacuna de gênero provavelmente exigirá abordar desafios relacionados à retenção e promoção equitativa. Pesquisas indicam que aproximadamente metade das mulheres na indústria de tecnologia deixa o emprego a meio da carreira, e as mulheres ocupam menos de um quarto dos cargos de liderança sênior na indústria.

Conquistas das mulheres na tecnologiaAnte este panorama, cambiar la mentalidad de las empresas tecnológicas sobre la contratación y las reservas de talento será clave para impulsar la representación femenina, afirma Tarika Barrett, Ceo de Girls Who Code. 

Cerrar la brecha de género probablemente requerirá resolver desafíos de retención y promoción equitativa. Las investigaciones indican que aproximadamente la mitad de las trabajadoras de la industria abandonan el empleo tecnológico a mitad de su carrera, y las mujeres ocupan menos de una cuarta parte de los puestos de liderazgo senior de la industria. 

Conquistas das mulheres em tecnologia

Várias empresas de tecnologia importantes adotaram um modelo de trabalho remoto, enquanto outras optaram por um modelo híbrido de trabalho no escritório e em casa. Além de aumentar a flexibilidade entre o trabalho e a vida pessoal, os modelos de "trabalho de qualquer lugar" ampliam o grupo disponível de talentos excepcionais e diversos a nível nacional e até global, não se limitando às distâncias do deslocamento do escritório.

Modalidades de trabalho mais flexíveis também facilitam um equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Felizmente, as mulheres na indústria de tecnologia estão ganhando espaço, mas enfrentam novos desafios. Os mais conhecidos estão relacionados ao processo educacional, recrutamento e contratação, retenção, remuneração e promoção, visando alcançar uma representação feminina equitativa.

Ainda é necessário aprofundar os esforços em prol da igualdade de gênero e mantê-los ao longo do tempo, investir no desenvolvimento das mulheres e desconstruir as noções que cercam a indústria tecnológica.

Desafios das empresas de tecnologia

Um dos maiores desafios das mulheres em empresas de tecnologia é provar que têm as habilidades para criar projetos e ambientes de trabalho bem-sucedidos.

Para alcançar essa mudança na lacuna de gênero, é necessário combinar um impulso interno com apoio externo.

É preciso abrir espaços para que as aptidões e habilidades das mulheres na indústria prosperem. De acordo com o Global Gender Gap, o setor tecnológico ainda tem um déficit de mulheres, com uma representação de apenas 14% em Computação em Nuvem, 32% em Dados e 20% em Inteligência Artificial.

Felizmente, várias indústrias estão liderando o caminho para fechar a lacuna de gênero. Exemplo disso é a última edição dos prêmios LITA - Latam Inclusive Tech Awards, que destaca organizações que operam na América Latina e contribuem para diminuir e eliminar a lacuna de gênero na tecnologia por meio de diversos programas e ações.

• A Globant, para promover e apoiar o desenvolvimento profissional das mulheres na tecnologia, uniu-se à Laboratoria, capacitando mulheres em tecnologias demandadas pelo mercado e fornecendo as ferramentas necessárias para que possam se destacar na indústria, além de promover a formação de comunidade entre mulheres.
  
  
•  O Santander, por sua vez, é uma empresa que desenvolveu desde 2021 a iniciativa Women in Tech (WIT), um programa dentro do plano de contratações Be Tech! with Santander. Essa iniciativa visa promover o talento feminino nas equipes tecnológicas, garantindo que as mulheres tenham acesso a diferentes cargos de liderança. Vale destacar que, apesar de sua curta trajetória, o WIT é reconhecido como um exemplo na luta pela igualdade de gênero, realizando atividades ao longo do ano, incluindo eventos, palestras e ações de comunicação.

• A Samsung, por sua vez, quer dar o exemplo e advogar pela igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres em seu ambiente de trabalho. Através do Women in Technology at Samsung (WITS), investe-se para garantir que sua equipe esteja preparada não apenas para ter sucesso, mas também para crescer e prosperar dentro da empresa. Por exemplo, no Dia Internacional da Mulher da ONU, em 8 de março, a Samsung oferece uma plataforma para suas funcionárias, demonstrando como uma empresa pode adotar a equidade interna e externamente.
  
  Dentro dos Grupos de Recursos para Funcionários (ERG, na sigla em inglês) que a gigante tecnológica possui, os ERGs de mulheres em grande escala executam programas para a criação e desenvolvimento profissional de executivas e funcionárias, como um esforço para impulsionar as capacidades das mulheres no trabalho.