Eric Ferreira (Digio)

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Nos conte um pouco sobre você....

 

Sou o Eric Ferreira, tenho 33 anos, sou publicitário de formação. Não entrei de cara no mundo do marketing digital. Inicialmente, foquei em agências de publicidade e grandes empresas. Só que em 2017 surgiu um desejo de buscar novos ares e crescer profissionalmente. Isso ocorreu durante minha pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital pela FAAP, quando tive contato com o mundo dos apps a partir de grandes empresas e adtechs.

Tive oportunidade de atuar em uma agência de mídia digital, a One Digital, que atendia o Bradesco. Nela, comecei a atuar como profissional de compra de mídias de performance focadas em app. Como trabalhei dentro da sala de performance do Bradesco, tive oportunidade de ter contato com uma equipe multidisciplinar com expertise de BI, Data Analytics, CRM, UX. Esse hub me proporcionou aprendizados incríveis.

Posteriormente mudei para a agência Suno United Creators, para liderar a equipe de performance do banco Santander. Mantendo-me na vertical de finanças, ingressei no Digio. Desde dezembro/2021, estou tendo essa experiência de “olhar de dentro da cozinha” e ver como são feitas as coisas, olhar além da compra de mídia, especificamente, preocupar-me com outras métricas e questões dentro do banco digital, que até então eu não me acompanhava por ser um terceiro.

Sigo buscando crescer profissionalmente, ajudar minha equipe e ajudar o banco Digio a se tornar um dos maiores bancos digitais do Brasil.

Como você entrou para o mundo dos Apps? 

O olhar mais técnico para o mundo dos apps começou em 2018. Nesse ano, aceitei o desafio de cuidar de performance com foco em user acquisition para abertura de contas do Bradesco por meio da agência de performance. Esse foi o meu primeiro contato com app campaigns, mas já conhecia a compra de mídia com as principais adtechs: Google, Facebook, Twitter, TikTok.

Em 2018, as app campaigns eram muito recentes, havia muito potencial para explorar e todos estavam buscando formas de entendê-las. Foi uma corrida contra o tempo para que os profissionais de mídia buscassem especialização e entendessem esse mercado de apps.

Isso despertou em mim um grande fascínio e desejo de aprender de toda a questão por trás da compra, comportamento de usuários, regras de atribuição, mensuração dentro das MMPs, o modo como cada MMP trabalha, o contato com Ad Networks, Ad Exchange, DSPs e programáticas.

O que te fez ficar na indústria mobile, qual é o seu aspecto favorito dessa indústria? 

Todos buscamos pela melhor experiência possível de qualquer produto, serviço ou interface. A navegação dentro de um aplicativo costuma ser muito mais amigável e possibilitar diversas experiências mais fluídas que páginas da internet.

Entendo que foi uma corrida contra o tempo para que as empresas pudessem aperfeiçoar cada vez mais as suas jornadas de aquisição e proporcionar a melhor experiência para o usuário final - inclusive para aqueles apps que não eram nativos. Esse aperfeiçoamento continua sendo constante e um desafio para alinhar com diversas frentes seja com UX, tecnologia e outras áreas.

Esses desafios, inovações e possibilidades de trocas constantes me motivam e há diversos desafios de mercado, já conhecidos e outros surgindo no dia a dia, que geram um dinamismo incrível. 

Conte um pouco mais sobre o aplicativo que você gerência… Qual é o seu papel dentro do Digio? 

Aceitei a missão de ajudar na aquisição de clientes do Digio. Somos um banco digital e a porta de entrada dos clientes é o cartão de crédito. Depois da aprovação do cartão ao cliente, ele passa a ter acesso a diversos produtos e serviços financeiros.

Assim, precisamos encontrar estratégias e segmentações para trazer os clientes com maior potencial de aprovação no cartão de crédito, olhando sempre o CAC.

No dia a dia, também enfrentamos uma grande oferta de produtos financeiros no mercado e as oscilações do cenário macroeconômico brasileiro. O resultado é um desafio constante e que sempre está mudando.

O que é um usuário de qualidade para você ou para o Digio?

Inicialmente, todo o mercado sempre teve foco em user acquisition e no volume gerado por canais de performance. Entretanto, discutimos cada vez mais sobre a qualidade dessa aquisição. Trazer um lead para o Digio não é a mesma coisa que trazer um cliente.

Ele deve ser aprovado nas políticas de crédito, usar o cartão e outros produtos. Isso significa que o LTV também precisa ser “saudável”

Quais estratégias funcionam melhor para transformar as instalações em usuários de grande valor (para você ou para o Digio)? 

A combinação de diversas estratégias é cada vez mais interessante para um equilíbrio entre CAC, LTV e investimento. Trabalha todo o funil é de praxe, sendo que o esforço de marca e as campanhas de conversão devem caminhar juntos.

Cada vez mais, a diversificação de canais ganha força nessa combinação e estamos vendo diversos novos produtos, serviços e canais surgindo com grande alcance.

Agora, é testar e colher os insights dessas combinações alinhados com os objetivos do Digio.

Pode nos contar sobre um projeto que te deixou orgulhoso durante sua carreira em performance? 

Pode parecer um pouco clichê, pois todos os projetos trouxeram grandes aprendizados e/ou orgulho. Estive por dentro de grandes operações (Bradesco, Santander e Digio) e sempre houve um grande esforço para atingir a meta ou corrigir a rota. Não importa o projeto, o que sempre me deixa orgulhoso é ter uma estratégia desenhada a quatro mãos com várias áreas ou profissionais. E nada, absolutamente nada, foi feito sozinho. 

Falando em performance, sempre sou favorável a testes. Seja diversificando os canais, seja na cadência de criativos, com testes A/B em clusters.

 

Entendendo qual produto e serviço é o mais atrativo para determinado público. Ir além da aquisição, up-sell, cross-sell, ter visão de growth. Baseando-se nos principais KPIs do negócio. Tomando decisões sempre baseadas em dados.

Como você faz para se manter atualizado com as novidades da indústria de Mobile Marketing?

O mercado de mobile marketing é extremamente dinâmico e, em alguns momentos, até mais que outros. Há sempre uma novidade sendo publicada e propagada por grandes adtechs, MMPs e fóruns específicos.

Existem diversos eventos, summits, painéis e webinars que promovem a discussão de determinados temas sobre a indústria. O networking também é um ponto importante, existem grupos de growth focados em mobile marketing, com integrantes que movem a indústria no Brasil e no mundo. 

Na sua opinião, o que é necessário para ser bem-sucedido na indústria de apps?

Na indústria de apps, é fundamental entender que o aprendizado é contínuo, rápido e que você precisa revisitar certezas e erros diante das mudanças. Há as tendências e também perfis comportamentais que podem mudar, basta ver o aumento da digitalização nos últimos três anos.

O consumidor está cada vez mais complexo dentro de todos os dados que temos, seja pelos diversos interesses ou por mudarem seu comportamento mais rapidamente. Além disso, estamos avançando cada vez mais na questão da privacidade, como o iOS 14 e o fim dos cookies.

Isso muda a visibilidade do anunciante sobre os dados dos usuários e é preciso se reinventar sem deixar de entregar. Novamente, o networking com o pessoal do mercado ajuda muito, é a chave para estar bem-informado e ao mesmo tempo acompanhando o mercado. 

Por último, se você pudesse viajar no tempo, o que você recomendaria ao seu eu do passado, quando você havia recém iniciado sua carreira nessa indústria? 

Todos esses anos como agência, eu não tinha a visão de como era ser cliente, “estar do outro lado do balcão”. A visão holística do negócio trouxe um novo patamar que é composto apenas pela compra de mídia, do install, da aquisição. Existe uma máquina muito maior dentro das empresas e que precisamos entender como impactamos, que pode ser por exemplo aumento de contatos na central de relacionamento.

Acredito que buscar essa informação e esse entendimento do que acontece depois que o usuário se torna cliente, é muito mais importante do que a própria aquisição.

Se eu tivesse essa visibilidade antes, mudaria meu mindset sobre a performance das frentes que atuei nos últimos anos.